A depressão é uma das condições de saúde mental mais prevalentes em todo o mundo e tem sido reconhecida como um problema significativo de saúde pública. Segundo a OMS, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram desse mal.
Há evidências substanciais que sugerem que a depressão pode ter uma base genética. No entanto, segundo alguns estudos estima-se que 37% dos casos possam ter uma relação genética, mesmo que essas relações sejam posteriormente moduladas pelo ambiente – ou seja, embora os genes possam ser relevantes para o surgimento do transtorno depressivo, fatores ambientais apresentam um efeito de modificação da suscetibilidade (maior ou menor ativação dos genes).
É importante considerar que ciência atual ainda não esclareceu os fatores que levam a depressão patológica. Ainda assim, sabe-se que a depressão é uma condição determinada por um conjunto amplo de fatores sociais, individuais e/ou psicológicos, culturais, biológicos e/ou genéticos.
Portanto, o surgimento do transtorno depressivo não pode ser associado apenas a um fator, mas a interação de um conjunto de fatores (multifatorial).
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